terça-feira, 7 de setembro de 2010

País de Gales visita o paraíso


Depois de longo tempo desde a última postagem, vamos falar sobre a visita da família White, primos da Helen, que vieram do País de Gales ao nosso clube com direito a dois dias velejando na Baia da Ribeira.
Kate, prima da Helen, Rik, seu marido e seus filhos Rhianna e Tomos desembarcaram no Rio para passar 2 semanas visitando os principais pontos turísticos do Rio. Eles ficaram hospedados em nossa casa e foi muito legal tê-los conosco. Cumpriram o roteiro turístico, passando pelo Corcovado, Pão de Açúcar e até uma subida na Pedra da Gávea, mas o que eles não contavam é que o melhor estava por vir...., dois dias inteiros curtindo Angra dos Reis.

A Helen saiu com eles na quinta de manhã, não precisamos dizer que a viagem já foi incrível com todas aquelas paisagens deslumbrantes.

Chegando lá, se instalaram, fizeram um lanche e saíram para a primeira velejada. Todos a bordo, barco pronto, motor com gasolina, deram a partida no bicho e deixaram a poita. Como tinha pouco vento a comandante resolveu que iriam para saco fundo motorando. No meio do caminho o motor apagou.... "Srs tripulantes mantenham a calma está tudo sob controle, afinal temos um engenheiro a bordo"...E lá se foi o Rik tentar fazer o motor pegar. Depois de algumas puxadas sem sucesso e o braço doendo, o Tomos, filho mais novo da casal, começou a ficar meio agitado e com um certo medo. A comandante então tomou a decisão mais acertada, vamos subir as velas, afinal de contas isto é um veleiro. Velas içadas, ajustadas, ventinho fraco mas soprando, rumo de volta ao clube. Chegaram com relativa facilidade, mas ainda falta prática para pegar a poita sem motor, então a esperta capitã, pegou a prmeira poita vazia que encontrou e depois pediu ao pessoal da náutica pra rebocar o barco para a poita correta.
Desembarcaram no clube e foram almoçar, mas a vontade de voltar a velejar de Rik, Kate e Tomos era grande e depois do almoço voltaram para o barco. Mas enquanto o passeio não começava, as crianças aproveitaram para curtir a praia e passear muito de caiaque. Segundo a Helen, a Rhianna pegou tão bem o jeito que já saia e voltava andando no meio dos barcos com maior facilidade. Desta vez tudo deu certo, saíram da poita velejaram bastante e retornaram no fim da tarde felizes e renovados.


À noite, curtiram o baixo Icar com nossos sempre muito simpáticos amigos. Rik e as crianças ficaram caminhando na praia bem perto da água a procura dos siris e dos pequenos peixes que sempre aparecem por causa das luzes do clube.
No dia seguinte, mais um dia perfeito de sol e mar calmo. Após o café da manhã, tudo preparado, barco abastecido, todos a bordo e zarparam para um dia perfeito. Fizeram uma velejada fantástica até Paquetá. Chegando lá, após alguns problemas para fundear devido a uma certa inexperiência e falhas de comunicação, deu tudo certo, um pouco longe da praia, mas o barco estava firme. Chegaram na praia nadando e curtiram um dia lindo de sol, mar calmo, águas claras, pouco movimento e algumas caipirinhas (caríssimas!!!) do bar do Ivo. Hora de voltar...., todos a bordo e hora de recolher o ferro....Ooops..., mais alguns problemas de comunicação e o barco, já solto mas com motor ainda desligado, foi se aproximando muito das pedras. O Rik rapidamente conseguiu ligar o motor e sair da situação de sufoco, mas segundo eles, foi por pouco. Sairam das proximidades das ilhas e logo os panos estavam novamente içados para uma bela velejada de volta.

Os primos curtiram muito o que disseram ser a melhor parte das férias e a Helen, pela primeira vez, comandou o barco sozinha, delegando todas as funções e cuidando de tudo para que eles tivessem esta oportunidade de dois dias inesquecíveis no nosso pequeno pedaço do paraíso.

Eles já nos alertaram que o sucesso foi tão grande que ano que vem voltarão e aí para passar mais tempo e conhecer mais da região.

Aí vão algumas fotos tiradas por eles.







sexta-feira, 7 de agosto de 2009

O início da aventura do Walkon.

Na madrugada de sábado, o Walkon estará partindo do Rio de Janeiro, mais precisamente do Iate Clube do Rio, para sua jornada rumo a um sonho que se iniciou a cerca de 5 anos. Está tudo pronto testado e agora é só soltar as amarras. Não adianta ficar agora falando um monte de coisas que já aconteceram e o quanto me orgulho de estar presente de alguma forma naquele barco. Por isto estou colocando a seguir uma sequencia de fotos que vão marcar minha alma de velejador para sempre como uma tatuagem sempre presente. Como já disse meu amigo e colega de convés o Japes, as imagens às vezes falam mais que as palavras..., acho que foi assim!!!










Larissa e Michael, que Deus esteja com vocês em cada momento desta aventura. Muito bons ventos.
Um beijo bem grandão.
Edu

segunda-feira, 3 de agosto de 2009

A partida de Angra de um grande amigo...


Sábado, 25/07, o veleiro Walk On do Comandante Michael Martin partiu do Icar rumo ao Rio de onde começará uma aventura de cerca de dois anos navegando pela costa brasileira, norte da América do Sul, Caribe, Havaí até o destino final que será São Francisco. Foi um pouco triste ver meu amigo deixar as águas de Angra onde conheceu a vela, adquiriu seu primeiro barco e navegou durante tanto tempo. Quem diria que um cara nascido no Arizona, no meio do deserto iria se apaixonar pela arte de velejar. Foi nestas águas que ele foi mordido pelo vírus do cruzeirista e decidiu investir toda a vida no sonho de fazer seu próprio barco e sair por aí desvendando os mistérios e encantos que só quem permanece embarcado consegue compreender e apreciar. São momentos mágicos de puro sentimento da presença de Deus na natureza, onde você se sente ao mesmo tempo privilegiado e tão pequeno diante de tanta magnitude. Sou muito grato ao meu amigo que permitiu que eu participasse deste sonho desde a sua criação. Pude compartilhar do embrião (projeto), do nascimento (início da construção), do crescimento (fases no estaleiro) e do batismo (lançamento na água). Ainda me foi dado o privilégio de participar da importante jornada do Walk On na sua primeira saída ao oceano rumo à Angra junto com meu grande parceiro de bordo Japes, para aguardar o momento de início da viagem. Pois bem..., o momento chegou e dentro de mais alguns dias ele começará sua jornada de aventuras. Desejo ao casal Michael e Larissa muitos bons ventos e as bençãos de Deus para esta nova casa, estaremos orando por eles e acompanhando cada passo.
Fortíssimo abraço aos nossos afilhados
Edu e Helen

Fazendo novos amigos


Durante nossa férias em angra, tivemos a oportunidade de conhecer um casal de sul-africanos muito legal. Eles já haviam estado no clube antes e voltaram para resolver alguns assuntos pendentes na capitania. Eles se chamam Rod e Mary e chegaram no Brasil em janeiro deste ano depois de uma travessia fantástica. É muito gratificante ver os velejadores de outros países chegando no nosso clube fazendo elogios à nossa hospitalidade e curtindo nosso espaço. O barco deles se chama Sheer Tenacity, que significa "Pura Tenacidade", um nome bastante forte e bastante apropriado para o tamanho do sonho deste casal de meia idade. Numa sexta-feira, fomos convidados a jantar a bordo e entrar naquele barco foi muito emocionante. Só de pensar de onde veio e o mar que enfrentou já me deixou arrepiado. O barco tem 39 pés, é impecavelmente bem cuidado e tem um interior dos mais aconchegantes que já vi. O arranjo interno é fantástico o que o faz paracer muito maior. O sistema de ventilação com 12 vigias e uma gaiúta central que abre em forma de borboleta, ou seja, duas abas laterais em ângulo com o centro mais elevado, permite que a luz e a ventilação venham de qualquer lado, nunca tinha visto nada igual e tão eficiente. O cockpit é bem diferente do que estamos acostumados, a popa é arredondada e o espaço é menor que o de costume para um barco deste tamanho, mas nos explicaram que este arranjo é comum para barcos de clima mais frio e preparados para mares mais mal humorados porque é mais seguro e privilegia o espaço interno. Mesmo assim, tem um espaço suficiente para um casal relexar curtindo o nascer e o por do sol e fazer uma boa pescaria para garantir uma bela refeição. O jantar foi ótimo e a conversa mais ainda. Este casal nos serviu como mais um exemplo de como perseguir um sonho e realizá-lo. Vamos contimuar perseguindo o nosso de também ser mais um casal de meia idade morando embarcado e curtindo uma vida saudável a bordo de nossa futura casa.
Bons ventos.
Edu

Regata de Inverno


No último fim de semana das nossas férias de trabalho, foi aí que aproveitamos para fazer a pintura nova do barco, rolou no sábado dia 25/07 , a regata de inverno organizada pelo Icar. Esta seria uma ótima oportunidade de dar uma boa velejada e testar o desempenho com o fundo limpo e pintado. Nos inscrevemos na classe cruzeiro sem balão porque nosso proeiro e filho João não estava à bordo e a manobra de balão seria complicada. Largamos bem e conseguimos aos poucos nos afastar dos nossos concorrentes no meio da merreca de vento. No meio da perna de contravento entrou um ventinho sudoeste que veio mais forte e primeiro para os outros que estavam mais à esquerda aí deu uma juntada na galera. Mais pra frente ele rondou para leste e aí a gente tinha um bordo melhor e mais dirteto para a primeira marca que era Cambeba. Velejamos um pouco assim e aí aconteceu algo inesperado a novo para mim, o vento parou e rondou para nordeste. Eu nunca tinha visto um vento deste naquela parte da baía e entrando daquele jeito, ou seja, de boa intensidade e constante. Fizemos uma asa de pombo e fomos direto pra bóia. Montamos bem a laje em terceiro, mas perdemos muito na perna de través, nossa genoa está muito ruim. Ainda chegamos a cruzar em terceiro no real, mas perdemos no corrigido. O melhor de tudo foi a volta para o clube, cruzamos a chegada e retornamos numa orça folgada conversando e curtindo o ventinho que ainda estava bom. Foi um excelente teste e fechamos com chave de ouro, neste caso de prata por causa das nossas bodas, nosso período de trabalho, lazer e recarga das baterias. A gora é esperar a próxima chance para voltar e só curtir.
Edu

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Continuando...

Adquirimos o Xaintrailles em 1998 em parceria com meu sogro Sr. Roy, aliás foi com o incentivo dele que compramos nosso primeiro veleiro que foi o Edelweiss, um Rio 20 muito inteiro que nos deu muitas alegrias. A oportunidade surgiu no nosso clube, o Iate Clube de Angra dos Reis, de amigo que havia acabado de trocar de barco, saímos com ele para uma velejada e pronto, estava feito o negócio. Apenas 3 pés a mais, mas uma grande diferença no conforto e no desempenho. Inicialmente eu quis trocar o nome, não sabia o que significava e ainda tinha um apelido, "sopa de letrinhas". Meu sogro recomendou manter o nome porque segundo as tradições de marinharia Britânica, trocar de nome dá azar. Decidimos deixar assim mesmo e acabamos nos acostumando e nos divertindo com o apelido. Depois descobri do saudoso amigo Toninho, que a troca de nome exige um ritual bastante complicado com a benção de Netuno. Daí em diante começamos nosso aprendizado na arte de velejar e para isto contamos com a ajuda de muitos velejadores experientes do Icar que nos ensinaram manobras importantes e muitas dicas de como velejar bem e principalmente com segurança. Após algum tempo cruzeirando bela baía de Angra, fomos convencidos a começar a participar das regatas e aí fomos contaminados pelo vírus das animadas competições e não paramos mais. De lá pra cá, participamos de muitos campeonatos, corremos em barcos de amigos e o Xaintrailles passou a ser mais conhecido, até perdeu o famoso apelido de "sopa de letrinhas" e agora só é chamado pelo nome. A Helen descobriu que este nome tem origem na França e é o nome de um tenente que serviu com a Joana D'Arc em suas batalhas, o interessante nisto tudo é que ele lutou contra os ingleses e venceu, ela e a família que são ingleses não gostaram nada disto. Bem que eu quis mudar o nome, agora tem que aguentar. Xaintrailles também é uma comuna em Aquitânia, uma região do interior da França. O nosso barquito, como gostamos de chamá-lo, já passou por várias reformas e já foi de fundo vermelho com faixas azuis, de fundo azul mantendo as faixas azuis, de fundo azul com faixas verdes e atualmente foi novamente pintado e totalmente repaginado como está na foto. Além da pintura fizemos várias outras coisas que o deixaram ainda mais bonito e confortável. Daqui pra frente vamos contando e compartilhando nossas velejadas e aventuras com o Xaintrailles.
Abraço a todos e bons ventos
Edu

quarta-feira, 29 de julho de 2009

Começando....

Bem..., estamos iniciando esta nova experiência de compartilhar com os amigos as aventuras e tudo mais que acontece a bordo e em terra também. Aos poucos vamos contando a história inicial de forma resumida e aí a idéia é manter atualizado a cada velejada, trabalho, etc... Esperamos que possam curtir, se divertir e comentar a vontade.
Abraço a todos e bons ventos.
Edu & Helen